3.10.11

Quando o amor machuca


Quando deixamos de estar em cena para assistí-la é coisa de arregalar os olhos!

"Como pude? Como me perdi dessa forma? Como aceitei tudo isso?"

Tem hora que a gente se deixa em segundo plano, normal (se é saudável ou não é OUTRA coisa), mas se esquecer em segundo plano fingindo estar em primeiro é muito dolorido de assistir, sabe.

Tem gente que não sabe amar.

Talvez eu mesma não saiba (o que é bem provável) e erre muito até saber ser alguém amável, alguém que mereça ser amado dessa forma linda que eu vejo como ideal, até saber realmente amar sem machucar, sem prender, sem precisar, amar por querer amar e cuidar do amor.
Percebi hoje que não deixo de amar as pessoas, não deixo de ver valor, mas amar algumas delas, quiçá uma em especial, me machuca. A forma de me demonstrar amor sempre feriu meus princípios, sempre invadiu meu espaço, sempre me tirou um pouco de mim. Percebo que conforme meus olhos foram se virando para outro lado da cena, meu corpo, minha alma e meu coração me pediam para ir embora. Minhas convicções e desejos - talvez uma crença nula que só uma porcentagem mínima da minha razão e de uma emoção doente me pediam para tentar de novo e de novo e de novo - se truncavam e não me deixavam sair. Saí e estou, de fato, satisfeita com esse passo, grata e com os olhos abertos para tudo o que cresci. (Graças a Deus!)
Receber notícias é sempre doloroso, sempre machuca, porque é sempre afiado, sempre cortante, sempre para machucar e, quanto mais eu percebo esse amor vestindo raiva, machuca, dói.
Eu, no fundo, queria que fosse diferente, que fosse em paz, mas fosse! Que fosse embora e não voltasse a dar as caras tão cedo! Que fosse saudável, fosse uma escolha "Se não nos ajudamos, melhor não nos atrapalharmos, não é?" e fosse com o vento, como uma folha seca que já rendeu tudo o que tinha que render é levada pela brisa leve.

Brisa, por favor, leve o que pesa.Deixa só o aroma da folha que um dia viveu em paz nessa árvore linda chamada VIDA!(As folhas não precisam deixar cicatriz, só lembranças).


Até aprender como é amar uma pessoa de verdade (e não o ser que a gente inventa para chamar de ideal) vai chão...

... ou não.

Meu pé tá na estrada para isso (até descalço para não deixar passar pedrinha qualquer, maciez qualquer!).
Quero amar com saúde, em paz.

Chego lá!

Eu me permito amar sem correntes.
Que assim seja!

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