4.10.11

A angústia de todos nós


Depois de algum choque que me trouxe à vida, passei a abominar o ibope dado à dor. Como que em uma fuga, não olhava para ela. E assim, também não aceitava que dessem vida à qualquer coisa que não fosse colorida, nada que não fosse griz para se tornar furta-cor (que furtasse as cores de qualquer cinza). Sabe, conforme vou saindo desse meu casulo, saindo de dentro dessas paredes, cruzando os mares que me mantinham em uma ilha, vou começando a aceitar certas angústias, a aceitar que as dores existem. Tenho visto a dor com outros olhos, quiçá com olhares de nobreza, quiçá com olhares admirados até. Por quê? Como esse troço ajuda a gente a crescer, né? É piegas (eu sei!) mencionar aquele papo de " Se não vai pelo amor, vai pela dor" e blá blá blá, mas é bem isso: às vezes, enquanto a gente não chega ao fundo do poço, ao intragável, ao impossível, ao insuportável, a gente não pára de se auto-flagelar fingindo que não sabe estar se matando (podando, prendendo - chamem como quiser) aos poucos.
Hoje, olhando nos olhos dos meus subterfúgios, percebo que não olhar para as dores não faz com que elas desapareçam, mas olhar bem no fundo dos olhos doídos, deixar que aquele mundo de incertezas que nos faz tremer nos faça tremer (de fato) faz com que subamos um degrau - degrau esse que fará com que mudemos de perspectiva (estaremos então um passo à frente, percebem?).
Olhar para a menina-eu que falava sobre dores desenfreadamente frente a uma pessoa amiga, olhar para essa mesma pessoa amiga e seu olhar de interrogação, ter o privilégio de ter alguém que te ajude dizendo " O que diabos você está fazendo consigo mesma?" é de valor inestimável. Ter a chance de ter olhos abertos pro tanto ( e põe tanto nisso!) que cresci neste ano, neste segundo semestre é...
...faz ser e só ser. Faz ser incrível, ou melhor, faz ser crível demais!!!
Yes, we can! Feliz comigo.

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